sexta-feira, 30 de novembro de 2012



Vou te deixar sentir, para que voltes, sem delírio
Vou te deixar reclamar, para que regresses, doce
Porém, antes da chegada, vou te escrever a forma e jeito
Do beijo livre, leve e ligeiro, que espero
Voltes desabitada, implorando por desejos
Com um pouco mais de querer
Para amar desmedida
Insaciável por sentir, tocar
Plena de todas as intenções

quinta-feira, 15 de novembro de 2012



O bom caminho é a volta, quando se desabriga o vivido
De tudo que é antigo, perdi o rastro  
Do antigo querer, foram-se os indícios
Agora, vou-me recolhendo como um poente
Silenciosamente e sem saudades
Como um tempo em branco
Feito de sonhos a semear

domingo, 11 de novembro de 2012



Encontrei-o! Faz pouco, venho dele!
O teu querer confuso, desfez-se
Antes, suspeitei, arrisquei sonhos por fendas escuras
Agora ele me invade. Rouba-me horas, dias e noites
Pouco sobra, nada se reserva e nem descansa
Assim quero. Leva tudo pra si, não me poupe de ti
Perceba-me, carrega tudo e não te preocupes, pois tenho mais
Todo o meu desejo: desvia lentamete para o teu recanto 
Praquele teu canto escuro; claro só pra mim...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012



Há um tempo em que a paciência é esquecida
O tempo inquieto, que lança tudo para o incerto
O tempo frenético, que não permite o abraço antes da partida
Há um tempo onde tudo se parece última chance
É o tempo impaciente, que enfraquece os sentimentos inteiros
Mas há posteridade: tempo da nostalgia de tudo aquilo que ainda não vivi

domingo, 4 de novembro de 2012



Onde Buscar? Onde encontrar? Será que está no ser? Talvez no saber...
Como sonhar? Como esperar? Não posso parar...
Vai, menino, sonha e encontra
Vai, menina, deseja e alcança
Mas sonhas com a tua pura alma
Desejas firme, com a tua intensa esperança
Vais, como quem sabe o rumo do que procura...
Persiste, faz do sonho a tua música, e dança...
(Joel Felipe G. e Élen Souza R.)

sábado, 3 de novembro de 2012



O desejo não se sacia com pouco, nem só com o corpo
O desejo não é caridoso, tudo exige
O desejo é o espinho da flor, do pecado...
O desejo aproxima, perfuma os corpos, que estremecem por si
O desejo? Um grito de protesto em meio ao silêncio dos satisfeitos
O desejo: fome do seu inacabado, imperfeito, que espera pelo meu,
...desejo