sábado, 30 de novembro de 2013

Nas orlas desta fronteira
O rio singra margeando
Um vento fino que lança a lua
Prateando as águas com descanso

O sereno desta fronteira
Fez da noite ansiosa uma canção
E até a estrela morena
Se fez adorno pro meu coração

A terra desta fronteira
Firma luzeiro, me faz cantar
Um olhar de longe e leve
Na espreita de algo pra se aquietar

Nas bordas do Uruguai
Vejo um horizonte de fantasias
È um novo sonho à minha mão
Ou mais coisas fugidias?

Permita que eu cerre os olhos
Noite fronteira que me faz pensar
Se tudo isso for demora
Na se apresse, me basta sonhar!!!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Cadente ritmo teu
Inspira e harmoniza
Pulso e canto meu

Cheiro doce assim
Germinam inquietos
Suspiro e riso em mim

Memória de um olhar
Desalento e saudade
Por longe assim estar
Cadente ritmo teu
Inspira e harmoniza
Pulso e canto meu

Cheiro doce assim
Germina um inquieto
Suspiro e riso e mim

Memória de um olhar
Desalento e saudade
Por longe assim ficar

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

É o efêmero que une alguns destinos
Eles duram um fio de olhar 
Enquanto a coragem esqueceu a timidez

Os destinos de alguns são pequenos
Duram centelhas de uma chama ao vento
São unidos por pétalas ou fios  
Por um tempo delicado
Por respingos de orvalho
  
Os destinos são frêmitos
Duram o tempo da pele
Alguns destinos são perenes 
Mas continuam efêmeross

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Bem que o tempo não poderia ser medido. Seria um tempo não de quantidade, mas de qualidade. Uma lua escura, avistada pela fresta de uma janela, seria o tempo da noite. A luz do sol por entre galhos e folhas seria o tempo do dia. A música sentida seria o tempo da tardinha chegada. Imagine um tempo sem medida, onde a lua nascente e o sol poente seriam o dia que apenas adormece, sem fim, pois sem medida. Enfim, um tempo desmedido, sem excesso, pressa ou quantidade, apenas de qualidade e de simples essênciass..

sábado, 19 de outubro de 2013

Para o dia de sol, a nuvem e a noite de lua
Para o alvorecer, o crepúsculo e o anoitecer
E, assim, o dia consome todas as coisas
A sorte é que temos música e arte 
Certezas únicas para além do humano

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A alma do outro é o inverso
De uma certeza esperada 
É UMa estrela cadente
De luz rápida e quente

A alma do outro é sem vazio
Um instante aparente
Distraída e remansa 
Que pouco revela na superfície 
Misteriosa igual fundo de rioo........

domingo, 25 de agosto de 2013

A vida com música fica bem mais viva 
As dissonâncias não se achegam
E as coisas desafinadas logo se afastam 
Cantar com dom ou no improviso
Faz dispersar em dança qualquer tristeza 
Já disseram os profetas: 
Feliz daquele que encontra na música o seu recanto!
Reclama do frio
E foge do calor
Sempre espera na primavera 
O que o outono amarelou
Quando chove 
Se esquiva de sair 
E quando venta 
Tranca tudo pra dormir
Parece que nem a natureza agrada este delicado ser!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Um vento barulhento 
Revirouu os panos no varal 
Tocou a gente da rua
E de intrometido bagunçou 
As folhas quietas do quintal 

Eitaaa vento barulhento:
Filho d’alguma árvore ou soprado lá do céu
É o fuxiqueiro de outra friagem
E de fininho rouba até chapéu

Vento ruidoso
De teimoso não quer parar
Assim, desde criança ele assobia
Aparição a me assombrar

domingo, 4 de agosto de 2013

...Música é poesia que dança
E a poesia um penhor do coração 
Se não floresce vida sem canto e verso
Muito menos a esperança sem poesia e canção!!!:)
...Música é poesia que dança
E a poesia um penhor do coração 
Se não floresce vida sem canto e verso
Muito menos a esperança sem poesia e canção!!!:)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O descanso está com sede
Exige rede e um vento leve
E, se de tardinha a chuva desce
A lassidão vai se achegar
Pois, de noitinha a lua aquece
Um canto simples pra eu me aquietar

sábado, 4 de maio de 2013


Por pouco e por um quase
Estive perto, mas faltou-me o termo
Com calma me ajuízo
E no improviso te contemplo

terça-feira, 9 de abril de 2013



O sentir adormece
O abraçar enfraquece
E o afago respira covarde

O amor se aquietou

A paixão amarelou, anda anêmica
A entrega virou segundos
Andar pegando as mãos se distanciou

O certo é conter-se
Desmedir-se é anormal

Precaver-se, aconselhado e usual
Onde o ordinário conduz
Tempos metade, medo e timidez

Felicidade cálida e disfarçada
Que só espera acontecer

sábado, 30 de março de 2013



Um comício de espíritos... Abocados na poesia... Alçados por acordes
Um comício de espíritos... Recanto da alma... Dos ariscos da tristeza
Espíritos do Uruguai... Que atiçam o verso, tragos e pitos
A barranca amadrinha... Um comício de espíritos.... Dosprejados da arte

quinta-feira, 21 de março de 2013



No outono encontro o meu porto
Prenúncio de um frio calmo  
De um vento leve que cochicha
O porto encontra o meu outono
No declive leve do cais
Que nos conduz ao beijo do rio com o sol
Outono, porto seguro
De beleza humilde 
Das folhas desapegadas 
Morte oferecida
Para o novo germinar 





segunda-feira, 18 de março de 2013



O delicado risco de uma entrega
De um tarimbado coração assombrado
A retraída mão insegura
Que vacila desocupada  
No descuido é roubada
Alçada por outra se acalma
E mesmo trêmula, agora avança

sábado, 16 de março de 2013



Os contornos de hoje foram perfeitos
Sem jeito e nem roteiro
Assim, moveu-se tudo sob os pés
Muito acerto e deslize
Extrema paixão e mania
Pouca moral e nenhum pretexto
Um desmedido sentido esculpiu este dia
Que de tão incerto não me deixou acuar