domingo, 30 de dezembro de 2012



Um novo ano de simplicidade
De uma coisa por vez
De sutilezas para o exagero

Um ano novo de humildade
De sabedoria para além da verdade
De sensibilidade com o diferente 
E de intolerância com o indiferente

Um novo ano de direito à alegria constante
Para que os sonhos antigos abandonem o medo
E se tornem imutáveis

Um novo ano para tudo que o coração deseja esquecer
E a alma suplica conquistar

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

É tempo de acenar despedidas à missioneira paisagem... Hora de pedir resolução ao pampa gaúcho de uma saudade que já vinga pelas tantas maravilhas que só aqui se permitem... Buenas fronteira, alastro pegadas com pressa, a consumir distâncias rumo ao chão catarinense... Até breve São Borja: casa acolhedora dos que em ti sempre permanecem!!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fez-se o ato clandestino!
Despindo as vontades poupadas
Pervertendo o cotidiano santo
Restaurando o contraditório e o impensado
Revivendo o imprevisto e o desejado
Desnudando a beleza sem mistério
Implorando a esperança suficiente
Para o imprevisto reviver novamente!

sábado, 1 de dezembro de 2012



Entre o real e o imaginário, um abismo e uma sutileza. Os bons costumes, os lugares reservados, as relações de poder, a hierarquia, tudo quer enquadrar a liberdade, o sentimento, a espiritualidade, o romance e a criatividade. Feliz de nós por tudo aquilo que ainda não existe; pelos caminhos a percorrer. Apenas uma certeza: entre o certo e o errado prevalece a criação. Ou (como nos alerta Sartre em “O Ser e o Nada”), a liberdade é semelhantemente infinita em cada um de nós. Então, inventemos os dias, destruamos o que nos afasta da beleza, dos carinhos e da justiça.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012



Vou te deixar sentir, para que voltes, sem delírio
Vou te deixar reclamar, para que regresses, doce
Porém, antes da chegada, vou te escrever a forma e jeito
Do beijo livre, leve e ligeiro, que espero
Voltes desabitada, implorando por desejos
Com um pouco mais de querer
Para amar desmedida
Insaciável por sentir, tocar
Plena de todas as intenções

quinta-feira, 15 de novembro de 2012



O bom caminho é a volta, quando se desabriga o vivido
De tudo que é antigo, perdi o rastro  
Do antigo querer, foram-se os indícios
Agora, vou-me recolhendo como um poente
Silenciosamente e sem saudades
Como um tempo em branco
Feito de sonhos a semear

domingo, 11 de novembro de 2012



Encontrei-o! Faz pouco, venho dele!
O teu querer confuso, desfez-se
Antes, suspeitei, arrisquei sonhos por fendas escuras
Agora ele me invade. Rouba-me horas, dias e noites
Pouco sobra, nada se reserva e nem descansa
Assim quero. Leva tudo pra si, não me poupe de ti
Perceba-me, carrega tudo e não te preocupes, pois tenho mais
Todo o meu desejo: desvia lentamete para o teu recanto 
Praquele teu canto escuro; claro só pra mim...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012



Há um tempo em que a paciência é esquecida
O tempo inquieto, que lança tudo para o incerto
O tempo frenético, que não permite o abraço antes da partida
Há um tempo onde tudo se parece última chance
É o tempo impaciente, que enfraquece os sentimentos inteiros
Mas há posteridade: tempo da nostalgia de tudo aquilo que ainda não vivi