segunda-feira, 30 de abril de 2012


É frio, eu pressinto, mas persisto. Lá fora anuviado. Aqui dentro acendido.  É frio, eu insisto. E com um vinho antessinto a quentura e me abrando. Da frieza esqueço e me aqueço...:)

domingo, 29 de abril de 2012

Eu sempre me disperso em alegria antes da tristeza chegar. Eu me dissolvo na festa da vida. Na palavra dita eu descanso. A poesia é leito que acalma o meu excesso!
Instiga-me. Tira-me a regra, envolve-me num riso que dança. Silencia... Vou dizer, mesmo que na despedida, sob um galho fino, sobre esta misteriosa intenção...
Solto-me de um abraço fresco... Faz pouquinhoo.. :) Do outro lado do rio, o sol se entrega, enquanto a lua me oferece a sua noite... Inquietam-me os corpos que se desejam, mas que se despedem...
Numa dessas tardes calorentas, de sol e pouco vento, encontrei o céu meio desatento e a ele reclamei:

Quando abarcar o mundo, a tranquilidade da sede e um conhecimento interessante, estaremos fartos e satisfeitoss?

Sem demora, com a voz azul e firme, ele me respondeu: Nãoo, quando chegarmos a isso, prosseguiremos por alguma nova estrada, a sorrir e a caminharr:)

Nascer, morrer e viver de novo... Eis a essência humana: a morte feita de vida. A luz da vida que nasce da escuridão que morre. Morrer de vida e viver de morte, alertou-nos Nietzsche. Não há como fugir dessa essência. Em cada pedaço de alegria habita, igualmente, a finitude, o efêmero e o passageiro. Nascer, morrer e viver de novo. Eis a essência humana: o fim da morte quando perseguimos um sonho; o fim da vida quando o conquistamos; a morte que nos deixa quando a verdade é causa da nossa vida.
Ser! Humano-ser! De tudo, só sei que humano vivo: distraido e faceiro; misterioso e distraido; músico da festa; perfeição que sempre erra de tanto humano Ser!