sábado, 30 de março de 2013



Um comício de espíritos... Abocados na poesia... Alçados por acordes
Um comício de espíritos... Recanto da alma... Dos ariscos da tristeza
Espíritos do Uruguai... Que atiçam o verso, tragos e pitos
A barranca amadrinha... Um comício de espíritos.... Dosprejados da arte

quinta-feira, 21 de março de 2013



No outono encontro o meu porto
Prenúncio de um frio calmo  
De um vento leve que cochicha
O porto encontra o meu outono
No declive leve do cais
Que nos conduz ao beijo do rio com o sol
Outono, porto seguro
De beleza humilde 
Das folhas desapegadas 
Morte oferecida
Para o novo germinar 





segunda-feira, 18 de março de 2013



O delicado risco de uma entrega
De um tarimbado coração assombrado
A retraída mão insegura
Que vacila desocupada  
No descuido é roubada
Alçada por outra se acalma
E mesmo trêmula, agora avança

sábado, 16 de março de 2013



Os contornos de hoje foram perfeitos
Sem jeito e nem roteiro
Assim, moveu-se tudo sob os pés
Muito acerto e deslize
Extrema paixão e mania
Pouca moral e nenhum pretexto
Um desmedido sentido esculpiu este dia
Que de tão incerto não me deixou acuar

quinta-feira, 14 de março de 2013



A poesia é teimosa
Cheiro de instinto
Cor de liberdade
Quentura do desejo
....
A poesia não se inventa
Vive antes da palavra
Permanece inocente
E não perde a docilidade
....
Não há ser além da poesia
A justiça é fraca sem ela
E o amor não sobrevive
Se à poesia se negar

domingo, 10 de março de 2013



Apressado, topei com a lua
Frenético, trombei com o sol poente
Acelerado, cambaleei no orvalho da grama
Angustiado, desabei no canto da chuva 
De tanta pressa e tropeço aprendi
Que o essencial persistente no singelo
Que mesmo no descuido me surpreende