O excesso não convence

Engana a confiança

Esconde o simples que revela

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O desejo sobrevive do detalhe

E persiste na sutileza

De não se revelar em excesso

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Na minúcia a astúcia

A criatividade do diferente

Que rejeita qualquer exagero

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Insisto no simples 
Persisto no detalhe

Nem todo o errante é sem propósito

A certeza é mais frágil que a suspeita

Para que o justo se contemporize

Tenhamos um pouco de medo do já feito

Nada de regra que possa nos aquietar

Deixa a inquietude substituir as verdades

E das falhas cometer um propósito

Vivo, a propósito , porque errante