quinta-feira, 27 de setembro de 2012



...Busco acertar a vida nos defeitos... Na vontade de acontecer, vou tecendo o caminho com os fios imperfeitos até me invadir, perder-me novamente, e recomeçar... Pressinto a ventania e logo depois a tempestade de algumas vozes distantes... Reclamo pra mim: “Às vezes o coração precisa bater sozinho”... Dou um passo e fecho a janela. Recolho-me, pois encontro mais força na solidão... Quieto, calculo os sentimentos, analiso o sabor das cores que me cercam, respiro as lembranças e suspiro as vontades porvir.  Sozinhoo, tropeço no escuro, reclamo alguma mão, ausente... Recuo para perto de uma fresta e bebo um raio de sol, que me acalma e me aquece... Recobro-me a não compreender tudo... Deixo a incerteza ser a única verdade... Iinsisto em ser a curiosidade a única coisa a continuar me arrastando, noite afora, sonho adentro... Manhã cedo, imagino uma leve música, sem palavras, que me desperta a simplicidade de não exigir o sentido de tudo. Abro a janela e debruço-me nela, a aprender com tudo aquilo que eu ainda não entendo...